segunda-feira, 28 de setembro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Asilo Político x Invasão da Embaixada.
O que está acontecendo na Embaixada Brasileira em Honduras não pode ser configurado como asilo político, pois, claramente, não corresponde ao que estabelece o direito internacional em tratados normativos ou costumes internacionais.
Para um estrangeiro ser asilado em outro país deve existir uma perseguição decorrente de suas convicções políticas, religiosas ou por critérios raciais ou étnicos e, ainda, ter sua vida ameaçada por alguns destes fatores. Há todo um tramite para que ocorra o asilo e o requerente necessita solicitar a um determinado governo sua aprovação para ser um asilado político.
O que ocorre em Honduras é o abrigo humanitário. A comunidade internacional reconhece Zelaya como o presidente eleito de Honduras. Na ótica hondurenha, ele foi desconstituído do cargo pela Suprema Corte, com a chancela parlamentar, por ferir a Constituição daquele país. De toda sorte, o que não poderia acontecer era ele ser banido de sua pátria da forma de um grotesco banimento. Melhor teria sido o afastamento decorrente de um processo político e jurídico mais transparente, ocasião em que Michelleti assumiria a chefia da nação sem tantos alardes.
Não se pode olvidar que Zelaya busca transformar Honduras em uma nova Venezuela. É seguidor aberto de Hugo Chaves e assim pretendia aprovar uma emenda constitucional de reeleição contínua como fez seu colega bolivariano.
Devemos agradecer o fortalecimento e maturidade de nossa jovem e brava democracia, pois esses políticos querem se perpetuar no poder mascarando suas ditaduras.
O abrigo diplomático existe em todas as nações e não há necessidade de reciprocidade. O que acontece em nossa embaixada é preocupante, pois Zelaya está usando a legação brasileira como palco político.
Não entendo a postura de nosso Governo. Não podemos nos comprometer na esfera internacional dando apoio a esses simulacros de políticos que intentam transformar a América Latina em seus feudos medievais.
Abrigo humanitário relaciona-se com auxílio e preservação de vidas, o que cabe também ao asilo político. Agora, como Alexandre Garcia, no Bom Dia Brasil, já citou “a embaixada brasileira já foi invadida”. De fato, Zelaya e seus asseclas invadiram nossa embaixada. Uma média de cento e setenta pessoas que dormiram espalhadas pelo chão do prédio de nosso território, tudo com o afã de promover um espetáculo circense. Um verdadeiro absurdo.
O Presidente Lula, que se encontra nos Estados Unidos, para encontros da ONU, pediu calma a Zelaya, seu parceiro. Mas, na verdade, não se pode admitir que um país como o Brasil, o gigante da América Latina, que poderia ser o líder de um continente, caia nesta esparrela internacional.
Fica registrado o meu protesto, pois acredito que o processo de negociações deveria ocorrer de outra forma, sendo guiado pela OEA. O Brasil teria um papel primordial se neutro estivesse e não tomando partido de um pretenso seguidor de Chaves ao arrepio de normas internacionais igualmente relevantes, como os princípios da autodeterminação dos povos e da não-intervenção, regras também insculpidas no art. 4° da nossa Constituição Federal.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
terça-feira, 15 de setembro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Amigos de Aluguel.
Assisti, há alguns dias, uma reportagem sobre uma nova prestadora de serviços em São Paulo que oferece amizades de aluguel. Isso mesmo, você acessa um site, traça seu perfil, o que pretende realizar e aguarda o contato da empresa com o agendamento da hora e informações sobre preço e formas de pagamento.
Você pode encontrar um “amigo” para acompanhá-lo na balada, no shopping, para ir ao salão ou até mesmo para aquele cafezinho onde se joga papo fora!!
Os acompanhantes ainda têm suas despesas pagas pelo cliente. Detalhe, a hora gira em torno de R$ 100,00 a R$ 200,00. O serviço é uma tendência de mercado segundo os empresários e empreendedores que bolaram a empresa.
Quem busca o atendimento, geralmente, são senhoras viúvas que já criaram seus filhos e hoje não têm mais a atenção da prole ou mesmo do resto da família. Para não sentir o peso da solidão, as pobrezinhas buscam o consolo nos “amigos de aluguel”. E que consolo!!!
Não consigo realizar a conexão de amizade com pecúnia. Pagar para se ter um amigo e ainda por tempo determinado e para tais saídas?
A amizade surge das afinidades, da intimidade, dos relacionamentos espontâneos. Como pagar por isto?!
Até agora me questiono onde vamos parar com uma sociedade tão vazia, egoísta e voltada para o materialismo?!
A apresentadora do citado programa, Ana Maria Braga, mega empresária, ainda debateu sobre a tabela de preços e deu dicas para os jovens empreendedores. Fiquei bege, literalmente embasbacada com a constatação de que até para se ter amigos existem pessoas que pagam por isto!!
Sexo por dinheiro envolve vários componentes, como poder, taras, aversão ao compromisso e uma dose de machismo. Mas a amizade está em outra esfera. Não se pode comprar sinceridade, respeito e cumplicidade. Sabe aquela história do colégio ou a confidência sobre o namorado, paquera, a dúvida com a roupa que será usada na festa tal,... Enfim, não se pode gerar um amigo que venha com uma conta embutida nesta relação.
Espero, sinceramente, não ver a proliferação deste tipo de atendimento. Vamos usar as novas ferramentas de contato em nosso favor para agregar pessoas e não para nos isolarmos delas.
Abaixo os “Amigos de Aluguel”.